terça-feira, 1 de agosto de 2006

Ah! Rosa
Onde tal delicadeza
Senão quando tuas pétalas
Macias me invadem
E me mostram
Tua alma misteriosa?

Ah! Rosa
Onde mais esse perfume
Que me envolve
E me deixa
Extasiada quando toco
Tua carne aveludada e saborosa?

Ah! Rosa
Que tormento mais fugaz
Quanto mais doce?
Teus espinhos quando ferem minha pele
São apenas tuas carícias mais fogosas!

Ah! Rosa, minha Rosa
A mais doce inspiração
É a que vem sempre de ti
E o que me falta confessar
Em minha ânsia
Não completo
E para amar, em minha dor
Eu te liberto!
Verdade
Ver o dado
Velado
Ver um lado
E o outro lado
Verter
O saber
Subverter
O sabido
Ver
Ter
Conhecer
Ser
Fria como o gelo
Estátua de cristal
Espera, a tua sombra
Na noite invernal
Secar as minhas lágrimas
Para que teus pés suaves
Na madrugada
Te levem para casa
Na rua congelada
Deixando meus sonhos
Estilhaçados na calçada.