terça-feira, 2 de maio de 2006

Vidas negras de templos errantes
Profundezas da alma que o tempo entalha
Trazem a mensagem do amor
Sofrido e distante
Daqueles que como elas se espalham

Das cavernas úmidas e geladas
dos pingentes de gelo que se formam
Saem as essências sagradas dos rituais
Escondidos por grades e roseirais

Talvez, quando o oxigênio se esgote
E as almas (hoje boas) percam sua luz
O ideal seja a água no pote
Em vez dos cálices que a sociedade conduz

E a vida será dos condenados
Que hoje morrem de fome
E moram na teia de aranha
Que os consome

Vivem pacientes e resignados
porque sabem que chegarão os seus dias
De tétrica e grande folia...

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